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Rádio ESPORTESNET

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Palmeiras joga melhor, perde e sai aplaudido por torcida.

     O que mais dói no torcedor palmeirense é que a equipe foi melhor durante a maior parte da partida deste domingo, contra o Corinthians, pela semifinal do Campeonato Paulista.
     Por isso, o time deixou o gramado aplaudido. Já os corintianos celebraram com euforia a eliminação sobre o arquirrival.
     Tecnicamente, o clássico no Pacaembu não foi um primor. Mas ninguém reclamou da falta de vontade e de emoção. Até os 20min, o Palmeiras dominou o jogo, com boas chegadas de Valdivia.
     As expulsões de Danilo e Scolari e a saída de Valdivia, machucado, mudou o panorama. O Corinthians cresceu e passou a atacar --na tentativa de aproveitar o nervosismo do time rival--, mas sem conseguir chegar ao gol.
     No segundo tempo, com um Palmeiras mais calmo e melhor postado em campo, o jogo, surpreendentemente, ficou favorável aos comandados de Scolari.
     Aos 8min, Marcos Assunção cobrou escanteio e Thiago Heleno desviou de cabeça. O Palmeiras tinha um jogador a menos, mas jogava melhor e estava na frente.
    Tite mandou o time todo ao ataque: trocou o lateral Alessandro por Ramírez e Dentinho por Willian. Em dez minutos, o Corinthians empatou, também em escanteio, com Willian.
    "Não posso dizer que foi injusto. Erramos no gol deles. Eles fizeram por merecer o gol de empate", disse Scolari.
     Até o fim do duelo, o Palmeiras ainda levava perigo nos contra-ataques, principalmente com Kleber. O Corinthians, por sua vez, não criava chances agudas.
     A decisão foi para os pênaltis. Kleber, Assunção, Márcio Araújo, Luan e Thiago Heleno fizeram para o Palmeiras. Chicão, Willian, Fábio Santos, Leandro Castán e Morais, pelo Corinthians.
    Nas séries alternadas, João Vitor chutou mal, Júlio César defendeu. Ramírez bateu bem e selou a vaga.
    "Não consigo ver outra forma de vencer a não ser pelos próprios méritos", comentou o finalista Tite.

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KV erra na estratégia e Power vence em SP

     Por algum bom tempo chegou-se a pensar que a vez de Takuma Sato havia chegado na Indy. O japonês fez sua parte para tentar ganhar a corrida desta segunda (2) em São Paulo. A KV Lotus, sua equipe, foi quem não colaborou na tática dos boxes. Assim, nas condições não muito normais — mais chuva e problemas —, coube a vitória a Will Power.
     O australiano, então, mantém-se 100% em terras brasileiras. No ano passado, também pegou o primeiro lugar no fim da prova, superando Ryan Hunter-Reay. De quebra, reassumiu a ponta da classificação do campeonato, pondo 14 pontos de frente para Dario Franchitti, quarto.
     Os brasileiros tiveram um fim de semana para ser esquecido. O melhor deles acabou sendo Vitor Meira, 17º, duas voltas atrás — carregadas da primeira parte da corrida de ontem. Helio Castroneves e Tony Kanaan, na mesma situação, mas nove giros atrás, foram 21º e 22º. Bia Figueiredo e Raphael Matos abandonaram praticamente juntos, por conta do mesmo incidente.

Saiba como foi a corrida da Indy em São Paulo, no Anhembi

     O tempo vinha carregado porém firme em São Paulo até segundos antes da continuação da prova de ontem. Os pilotos estavam lá, aquecendo os pneus, ziguezagueando e tal. Aí começou a garoar. Volta 15, a bandeira verde foi dada, e metros além a patuleia inteira foi parar nos boxes para trocar os pneus. Power e Briscoe se mantiveram à frente, trazendo Sato na sequência e mais atrás um Franchitti muito rápido passando todo mundo.
     Uma escapada de Briscoe no giro 18 permitiu que Sato se intrometesse no meio das Penske. Duas voltas depois, Power chegou a bater de traseira no muro, mas já tinha cômoda vantagem para o japonês da KV Lotus.
     Bastou a chuva dar uma apertada para que a porca torcesse. Justamente dos que mais tiveram problema ontem. Sébastien Bourdais — que rodou duas vezes no domingo — perdeu o controle de sua Dale Coyne e parou na barreira de pneus da saída do S do Samba. Ryan Hunter-Reay — que também rodou duas vezes — repetiu a dose no miolo da pista e danificou outra asa traseira da Andretti. O francês resolveu desistir. O norte-americano, persistente, botou uma nova peça — a do carro do companheiro Mike Conway — e seguiu na prova, três voltas atrás.
    A relargada lado a lado permitiu a Sato chegar à liderança da prova no fim da reta do sambódromo, em manobra arrojada e de arrancar urros e aplausos. Franchitti fez o mesmo com Briscoe para ganhar o quarto lugar e se posicionar atrás de Andretti. No rebolo, Rahal rodou e Matos quebrou o bico do carro em incidentes separados. Lá vinha a bandeira amarela de novo.
     O recomeço veio na volta 29 e teve de interessante o trio brasileiro formado por Matos, Figueiredo e Kanaan seguindo o trilho da área de escape da chicane. Na verdade, Raphael foi tocado e acertou Tony em cheio, e sobrou para Bia. Dos três, só sobrou TK na prova. Na 32, foi a vez de Franchitti se perder no trecho e ir parar na barreira de pneus, enquanto Alex Tagliani rodou lá perto da entrada da reta da Marginal, obrigando a entrada do safety-car.
    Foi o momento da estratégia da corrida que deu a vitória a Power. Porque as Penske resolveram ir para os pits, bem como as Ganassi e Servià, enquanto a KV Lotus manteve o japonês na pista.
    Viso partiu para cima de Andretti e formou a impensável dobradinha da KV Lotus na abertura da volta 38. A partir daí, passou a segurar o filho de Michael. Só que a direção de prova, sabe-se lá em que momento, observou que o venezuelano bloqueou o norte-americano, aplicando-lhe um drive-through — cumprido na volta 44.
     As coisas foram se abrindo para Power quando Andretti parou na 46, pôs pneu seco e passou a andar cerca de 8 segundos mais lento que o resto e Sato, faltando cerca de 10 minutos para o fim, fez um splash & go. Já era. O japonês voltou em sexto, chegou a dar uma escapada e teve de se contentar com um oitavo posto. Pior ainda para Viso, um mero 13º, à frente de Andretti, decididamente não muito contente pela ideia tapada da equipe de seu pai.
    A vitória no Anhembi devolveu a liderança do campeonato a Power, que com um ponto da pole mais dois por ter liderado o maior o número de voltas, chegou a 168 contra 154 de Franchitti, que ainda conseguiu um interessante quarto lugar na corrida. Junto com Will foram ao pódio um surpreendente Rahal e Briscoe.
     Curiosidade desta prova em dois dias é que 1h08min foram disputadas sob bandeira amarela, que ajuda a denotar o nível de como foi a segunda experiência da Indy no Brasil.


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