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Rádio ESPORTESNET

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Arredio, Teixeira sai à francesa do congresso da Fifa


     Com pretensões eleitorais na Fifa para 2015 e membro de sua cúpula, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, retirou-se do congresso em Zurique (SUI) quando os rumos da entidade máxima do futebol eram decididos.

     Não estava na contagem dos votos, no anúncio da reeleição do presidente Joseph Blatter nem na aprovação das reformas para controlar a crise na organização, envolta em escândalo de corrupção.


Alessandro Della Bella/Efe
Atrás de Blatter, Ricardo Teixeira (à dir.) conversa com Chuck Blazer, membro do Comitê Executivo, antes do começo do congresso
Teixeira (à dir.) conversa com Chuck Blazer, membro do Comitê Executivo, antes do começo do congresso

     A sua justificativa foi ter de pegar um voo para o Brasil, pois faria uma conexão até Goiânia para se encontrar com a seleção brasileira.

     Foi o auge de uma semana em que Teixeira fugiu de jornalistas e evitou mostrar sua cara em meio à crise.

     No início do congresso, o cartola se manteve na cadeira atrás de Blatter entre os 22 membros do Comitê-Executivo --há dois suspensos.

     Como não fazia parte de nenhum comitê que faria pronunciamento no evento, manteve-se calado.

     Enquanto isso, colegas experientes do comitê, como o argentino Julio Grondona e o espanhol Ángel María Villar, fizeram discursos em defesa da Fifa em relação aos ataques externos recebidos.

     Alguns membros de associações nacionais que ficam na plateia abaixo da cúpula também pediram a palavra para apoiar Blatter.

     Teixeira só levantou para almoçar. Depois disso, voltou a seu lugar e ficou por lá.

     Os membros do comitê enviaram representantes para votar na eleição presidencial. No caso brasileiro, o responsável era o presidente da federação pernambucana, Carlos Alberto de Oliveira.

      Questionado se confirmara voto em Blatter, Oliveira disse: "Claro!". Afinal, o cartola da CBF já anunciara apoio ao atual presidente.

     Mas não estava lá para festejá-lo. Pouco depois da votação, Teixeira se retirou do congresso. "Não estava perto. Saiu sem se despedir", afirmou Rafael Salgueiro, do Comitê-Executivo. "Não sei o que foi", disse Grondona.

     Tornou-se assim o único membro do Comitê-Executivo não suspenso que não estava presente na contagem dos votos, no anúncio da vitória de Blatter e na posse.

     A saída foi explicada pelo voo. Mas o congresso já estava previsto para acabar no final da tarde. Não há, de fato, prazo certo de duração.

     Amparado por duas pessoas, o ex-presidente João Havelange só saiu ao final.

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Santos empata com o Cerro e está na decisão da Libertadores

Equipe volta à final da competição após oito anos e aguarda o vencedor de Peñarol (URU) e Vélez Sarsfield (ARG)
     No jogo de volta da semifinal da Copa Santander Libertadores, o Santos empatou com o Cerro Porteño (PAR) por 3 a 3 nesta quarta-feira, no estádio La Olla Azulgrana, em Assunção (PAR), e garantiu seu lugar na quarta decisão da competição continental de sua história, após oito anos de espera.

E não é que o Zé "Ruim-de-mira" Love fez o seu na hora da decisão.
     O Peixe se valeu da vantagem obtida no jogo de ida, quando venceu a equipe paraguaia por 1 a 0 no Pacaembu. Agora, o time da Baixada disputa o título da Libertadores contra o vencedor de Peñarol (URU) e Vélez Sarsfield (ARG).

     No jogo de ida entre estas duas equipes, o time uruguaio venceu, em casa, por 1 a 0 e nesta quinta-feira, às 21h50, joga pelo empate. O Santos decide a Libertadores em casa, com qualquer um dos dois adversários.
     No primeiro tempo, o Santos abriu 3 a 1 após o jogo se decidir em alguns lances pontuais. Na segunda etapa, o que se viu foi um grande recuo do Santos, o Cerro comandando o ataque até empatar a partida.

Lances pontuais e grande vantagem

     A primeira etapa foi emocionante e se definiu em lances pontuais. Não houve predomínio tático de nenhuma das equipes nesta etapa de jogo, mas o Santos conseguiu sair com grande vantagem no primeiro tempo.

     Logo aos dois minutos de jogo, Zé Eduardo desencantou: o atacante, que não marcava pelo Peixe há 13 jogos, completou cruzamento de Elano em cobrança de falta e abriu o placar. Após o gol, o Santos recuou e esperou pelos contra-ataques.

     Contando com a sorte, a equipe santista ampliou o placar, após recuo de Pedro Benítez e uma trapalhada de Barreto, que fez gol contra. Em franca desvantagem, o Cerro Porteño (PAR) se lançou ao ataque. Com a aproximação de Julio dos Santos e Iturbe ao ataque, por trás dos volantes, o time paraguaio levava perigo. Aos 31, a equipe da casa diminuiu, com César Benítez.

     A pressão do Cerro Porteño continuou, contudo a equipe sofreu com o "abafa" que se propôs a fazer. Após perder a bola no ataque, a defesa do time paraguaio ficou no mano a mano com Danilo, Neymar e Zé Eduardo. E o talento fez a diferença: Neymar recebeu, trouxe para o meio, ampliou o placar e consolidou uma grande vantagem para o segundo tempo.


Santos recua e espera o contra-ataque
     Na segunda etapa, o time do santos optou por segurar a vantagem que tinha. Os quatro jogadores da defesa santista permaneceram em linha, no meio, apenas Elano ficava mais à frente de três volantes mais plantados. O Santos esperava por um contra-ataque aos dois homens de frente: Neymar e Zé Eduardo.

     O Cerro Porteño (PAR) pressionou e chegou ao segundo gol com Lucero, aos 15 minutos. A equipe paraguaia manteve a posse de bola no ataque, trocou passes na entrada da área, mas pouco criou. Abusava de bolas alçadas - recurso que rendeu dois gols ao Cerro -, facilitando à zaga santista.

     Os meias do Cerro, aliás, eram velocistas e conduziam a bola, esbarrando com uma boa marcação do Santos, passavam a bola para o lado e alçavam na área. Sem resultado concreto, porém. O Santos se postou bem defensivamente e esperou pelos contra-ataques.

     Aos 35 minutos, o Cerro chegou ao empate com um belo gol de Fabbro. O Cerro seguiu pressionando, mas não conseguiu terminar sua participação na Libertadores com uma vitória diante da sua torcida.
     Antes da decisão da Libertadores, porém, o Santos volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro. No próximo domingo, às 18h30, o Peixe enfrenta o Avaí, na Vila Belmiro, pela terceira rodada da competição nacional.

FICHA TÉCNICA:

CERRO PORTEÑO (PAR) 3 X 3 SANTOS
Estádio: La Olla Azulgrana, Assunção (PAR)
Data/hora: 1/6/2011 - 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Auxiliares: Abraham González (COL) e Eduardo Diaz (COL)
Renda/público: Não disponível.
Cartões amarelos: Iturbe, Uglessich (CER); Jonathan, Elano, Alex Sandro (SAN)
Cartões vermelhos: Edu Dracena, 48'/2ºT.
GOLS: Zé Eduardo, 2'/1ºT (0-1); Barreto (Contra), 27'/1ºT (0-2); César Benítez, 31'/1ºT (1-2); Neymar, 46'/1ºT (1-3); Lucero, 15'/2ºT (2-3); Fabbro, 35'/2ºT (3-3)

CERRO PORTEÑO (PAR): Barreto; Piris, Uglessich, Pedro Benitez e César Benitez; Burgos (Lucero, 40'/1ºT) , Cáceres, Torres (Iturbe, 10'/1ºT) e Julio dos Santos; Fabbro e Bareiro (Nanni, 20'/2ºT). Técnico: Leonardo Astrada.

SANTOS: Rafael; Jonathan (Pará, 25'/1ºT), Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo e Elano (Rodrigo Possebon, 24'/2ºT); Neymar e Zé Eduardo (Maikon Leite, 27'/2ºT). Técnico: Muricy Ramalho.

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