"Reabastecimento com cronometro aberto é um retrocesso. Ele é mais arriscado", adverte o experiente piloto
Competição mais importante do off-road brasileiro, o Rally Internacional dos Sertões acontece entre os dias 09 e 19 de agosto. O percurso de 4.026 quilômetros tem início em Goiás, na capital Goiânia, e passa ainda pelos estados do Tocantins, Maranhão e Piauí, até chegar ao Ceará, com chegada em Fortaleza. Para a 19ª da prova foram apresentadas algumas novidades, e entre elas está a modificação no reabastecimento dos veículos durante as etapas.
Desde 2010, é permitido o reabastecimento de carros em trechos com mais de 300 quilômetros. No ano passado, esta ação acontecia com o cronometro parado. Ou seja, cada veículo tinha 15 minutos para reabastecer com calma. Porém, para este ano, a organização anunciou que o reabastecimento será feito com o cronometro aberto (ou contra o relógio), gerando uma situação menos segura.
Um dos pioneiros na utilização do etanol em ralis e atual campeão da Categoria Pro Etanol do Sertões, Klever Kolberg acredita que a manutenção do reabastecimento para a disputa deste ano foi positiva, mas faz a ressalva em relação ao fato de ser com cronômetro aberto.
"O reabastecimento foi uma importante mudança do regulamento. Ela viabiliza a competição com combustíveis menos poluentes, como o etanol, já que nos longos trechos cronometrados os veículos que utilizam este combustível mais limpo têm de carregar um volume e peso maior do que os que utilizam combustíveis fósseis como gasolina ou diesel", disse o piloto.
"O principal ganho com o reabastecimento é a segurança, e por diversos motivos. Quanto maior o volume carregado no tanque, mais perigo ele representa. A própria quantidade de combustível, que obviamente é inflamável, torna mais difícil o controle do carro por causa do maior peso suspenso - o que influencia muito em todas as condições de pilotagem. Esta evolução no regulamento conquistada em 2010 foi mantida para o Sertões 2011, o que é muito bom", observou Klever.
O brasileiro com mais participações no Rally Dakar (23 vezes) ainda citou como exemplo a medida adotada pela organização do maior rali do mundo. "Foi exatamente por segurança que o regulamento das motos no Rally Dakar foi atualizado. Em minha primeira participação na prova, em janeiro de 1988, a autonomia era de 450 quilômetros. Hoje são apenas 250 quilômetros. Você precisa de mais reabastecimentos, mas a segurança na pilotagem certamente é maior."
Klever, no entanto, alerta para as condições precárias de reabastecimento (em) nos ralis. "O reabastecimento com cronometro aberto, em minha opinião, é um retrocesso em termos de segurança. Ele traz mais riscos, já que não acontecerá em um boxe de autódromo, com equipamentos especiais para uma rápida operação, com segurança preparada e facilitada. Mesmo com essas medidas, às vezes, há incêndios e outros tipos de ocorrência. Em um rali, a situação é sempre mais perigosa, pois o reabastecimento acontecerá em um ponto do roteiro com pouca preparação e em muitos casos envolverá um volume de reabastecimento maior", disse o piloto.
Sobre Klever Kolberg: Engenheiro, palestrante e piloto. Pioneiro brasileiro no Rally Dakar, onde já representou o Brasil por 23 vezes. Klever começou no Dakar competindo de moto, entre 1988 e 1996, sagrando-se campeão da categoria Motos Maratona em 1993, ano em que foi o quinto colocado no geral. A partir de 1997 passou a disputar o Dakar entre os carros, obtendo o título vice-campeão na categoria Carros Maratona em 1999 e 2000 e na categoria Carros Diesel em 2002. Também é pioneiro e criador no Dakar da categoria Experimental para combustíveis limpos, onde em 2010 foi o primeiro a utilizar Etanol de Cana de Açúcar como combustível. Na maior prova off-road do país, o Rally dos Sertões, Klever é bicampeão da categoria carros e foi o campeão da categoria Etanol em 2010, tendo sido o vice-campeão na classificação geral. É autor de três livros sobre o assunto e é comentarista de rali no canal ESPN desde 2007.
Sobre Flavio Marinho de França: Cirurgião-dentista e navegador, começou competindo com motos em 1992, nas modalidades de Enduro de Regularidade e Rally Cross-Country. Em 1995 passou a competir também com carros como navegador em provas de Rally de Regularidade e Rally Cross-Country. Em 2009 passou a competir também em rallys náuticos com barcos. Flavinho, como é mais conhecido, participa do Rally dos Sertões desde 2003 quando foi campeão na categoria Production Gasolina ao lado de Paulo Buda. No Sertões 2005 foi campeão na categoria Super-Production Diesel ao lado de Riamburgo Ximenes, em 2010 foi o campeão da categoria Etanol ao lado de Klever Kolberg, tendo sido o segundo na classificação geral. Flavio é Bicampeão do Rally Cerapió (2006 e 2007), Campeão do Rally RN 1500 em 2003, Tricampeão Brasileiro de Rally de Regularidade (2003, 2004 e 2006) e desde 2008 é organizador de provas de Rally de Regularidade no RN.
O Valtra Dakar Eco Team é patrocinado pela Valtra, e apoiado por Borrachas Vipal, Banco Fator, Veolia Water, Artfix, Sparco, Dakar Inovação, Arycom e Unica.
Desde 2010, é permitido o reabastecimento de carros em trechos com mais de 300 quilômetros. No ano passado, esta ação acontecia com o cronometro parado. Ou seja, cada veículo tinha 15 minutos para reabastecer com calma. Porém, para este ano, a organização anunciou que o reabastecimento será feito com o cronometro aberto (ou contra o relógio), gerando uma situação menos segura.
Um dos pioneiros na utilização do etanol em ralis e atual campeão da Categoria Pro Etanol do Sertões, Klever Kolberg acredita que a manutenção do reabastecimento para a disputa deste ano foi positiva, mas faz a ressalva em relação ao fato de ser com cronômetro aberto.
"O reabastecimento foi uma importante mudança do regulamento. Ela viabiliza a competição com combustíveis menos poluentes, como o etanol, já que nos longos trechos cronometrados os veículos que utilizam este combustível mais limpo têm de carregar um volume e peso maior do que os que utilizam combustíveis fósseis como gasolina ou diesel", disse o piloto.
"O principal ganho com o reabastecimento é a segurança, e por diversos motivos. Quanto maior o volume carregado no tanque, mais perigo ele representa. A própria quantidade de combustível, que obviamente é inflamável, torna mais difícil o controle do carro por causa do maior peso suspenso - o que influencia muito em todas as condições de pilotagem. Esta evolução no regulamento conquistada em 2010 foi mantida para o Sertões 2011, o que é muito bom", observou Klever.
O brasileiro com mais participações no Rally Dakar (23 vezes) ainda citou como exemplo a medida adotada pela organização do maior rali do mundo. "Foi exatamente por segurança que o regulamento das motos no Rally Dakar foi atualizado. Em minha primeira participação na prova, em janeiro de 1988, a autonomia era de 450 quilômetros. Hoje são apenas 250 quilômetros. Você precisa de mais reabastecimentos, mas a segurança na pilotagem certamente é maior."
Klever, no entanto, alerta para as condições precárias de reabastecimento (em) nos ralis. "O reabastecimento com cronometro aberto, em minha opinião, é um retrocesso em termos de segurança. Ele traz mais riscos, já que não acontecerá em um boxe de autódromo, com equipamentos especiais para uma rápida operação, com segurança preparada e facilitada. Mesmo com essas medidas, às vezes, há incêndios e outros tipos de ocorrência. Em um rali, a situação é sempre mais perigosa, pois o reabastecimento acontecerá em um ponto do roteiro com pouca preparação e em muitos casos envolverá um volume de reabastecimento maior", disse o piloto.
Sobre Klever Kolberg: Engenheiro, palestrante e piloto. Pioneiro brasileiro no Rally Dakar, onde já representou o Brasil por 23 vezes. Klever começou no Dakar competindo de moto, entre 1988 e 1996, sagrando-se campeão da categoria Motos Maratona em 1993, ano em que foi o quinto colocado no geral. A partir de 1997 passou a disputar o Dakar entre os carros, obtendo o título vice-campeão na categoria Carros Maratona em 1999 e 2000 e na categoria Carros Diesel em 2002. Também é pioneiro e criador no Dakar da categoria Experimental para combustíveis limpos, onde em 2010 foi o primeiro a utilizar Etanol de Cana de Açúcar como combustível. Na maior prova off-road do país, o Rally dos Sertões, Klever é bicampeão da categoria carros e foi o campeão da categoria Etanol em 2010, tendo sido o vice-campeão na classificação geral. É autor de três livros sobre o assunto e é comentarista de rali no canal ESPN desde 2007.
Sobre Flavio Marinho de França: Cirurgião-dentista e navegador, começou competindo com motos em 1992, nas modalidades de Enduro de Regularidade e Rally Cross-Country. Em 1995 passou a competir também com carros como navegador em provas de Rally de Regularidade e Rally Cross-Country. Em 2009 passou a competir também em rallys náuticos com barcos. Flavinho, como é mais conhecido, participa do Rally dos Sertões desde 2003 quando foi campeão na categoria Production Gasolina ao lado de Paulo Buda. No Sertões 2005 foi campeão na categoria Super-Production Diesel ao lado de Riamburgo Ximenes, em 2010 foi o campeão da categoria Etanol ao lado de Klever Kolberg, tendo sido o segundo na classificação geral. Flavio é Bicampeão do Rally Cerapió (2006 e 2007), Campeão do Rally RN 1500 em 2003, Tricampeão Brasileiro de Rally de Regularidade (2003, 2004 e 2006) e desde 2008 é organizador de provas de Rally de Regularidade no RN.
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