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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Hamilton vence e Vettel fica fora do pódio pela primeira vez desde Itália/2010

Sem chuva, portanto nas condições normais, Lewis Hamilton foi competente nos momentos chave da corrida — a largada e as trocas nos pits — e ganhou sua segunda corrida na temporada 2011. Fernando Alonso e Mark Webber foram ao pódio. Sebastian Vettel não acompanhou o ritmo dos líderes, chegou a rodar e só foi quarto colocado na última volta, quando ganhou nos pits a posição que era de Felipe Massa.

Hamilton comemora a vitória na Alemanha, onde fez uma corrida impecável


     O desempenho nos treinos livres jamais permitiria a Lewis Hamilton sonhar com um lugar no pódio no GP da Alemanha, em condições normais, se considerasse que as Red Bull e as Ferrari vinham muito à frente da McLaren. O segundo lugar na classificação com uma volta mais-que-perfeita começou a lhe dar alguma esperança. E eis que, sem chuva, Hamilton foi lá e conquistou uma vitória até que tranquila em Nürburgring neste domingo (24).

     Fernando Alonso e Mark Webber até que foram rivais duros, mas só na primeira parte da corrida. Uma vez que Hamilton — líder desde a primeira curva, mas que perdeu a ponta na primeira parada nos pits — retomou a posição de destaque da corrida na Alemanha, não mais a perdeu.

Webber perdeu a ponta logo no inicio da prova.

     Sebastian Vettel fez sua aparição mais pobre na temporada. Não andou em nenhum momento no ritmo dos líderes, chegou a rodar e teve de suar para conseguir um quarto lugar — foi sua primeira prova fora do pódio desde o GP da Coreia de 2010, quando abandonou; considerando as provas em que chegou até o fim, é a primeira que não levanta um troféu nem estoura a champanhe desde o GP da Itália, em setembro do ano passado.

     Na verdade, Vettel teve de contar mais com o erro da Ferrari na última volta. Foi nos boxes que o alemão da Red Bull superou Felipe Massa.

      Novamente pole, Webber se viu sem o primeiro lugar depois de uns 200 metros. O australiano assentiu que era impossível brigar na freada e se posicionou diretamente atrás de Hamilton, garantindo que o pessoal da segunda fila não o atacasse. Na curva 1, Alonso emparelhou com Vettel e conseguiu superá-lo. Massa, que tentava um bote por fora para ganhar a posição de ambos, acabou na verdade perdendo um posto, para Rosberg. Mais atrás, Barrichello pulava para 11º, três posições à frente de seu posto de largada.

     O que Alonso havia obtido nos momentos iniciais perdeu logo na segunda volta: uma escapada na curva 3 abriu passagem para que Vettel retomasse a terceira colocação. No entanto, o espanhol se manteve nos retrovisores do atual líder da temporada, e na abertura do giro 8, houve nova inversão de lugares.

     O sinal de que Vettel não estava em seu fim de semana aconteceu instantes depois: na curva Michelin, tangenciou para fazer a curva à esquerda e pôs o pneu além da linha, onde estava molhado. Rodou, mas voltou ainda à frente de Rosberg, que sofria para segurar Massa.

Durante a prova, Ferrari e McLaren foram superiores a Red Bull.

     O primeiro acidente da corrida aconteceu na volta 10: andando lá atrás após um incidente com Paul di Resta, Nick Heidfeld buscava recuperação a seu modo, bem lentamente. O mesmo acontecia com Sébastien Buemi, que largou em último por ter sido desclassificado devido a uma irregularidade. Os dois se acharam na chicane. Na verdade, Buemi jogou o carro sobre Heidfeld, que deu uma decolada e foi parar ali na área de escape, um tanto quanto furioso.

     O choque no pelotão intermediário foi o pavio para acender a corrida, que nem no chove-não-molha estava. Webber, que vinha comboiando Hamilton, chegou a passá-lo na entrada da reta principal, mas Lewis, com mais ação, devolveu ainda no fim da reta. Alonso colou de vez na dupla da frente. Ensanduichado, o australiano passou a gastar excessivamente seus pneus. Não à toa, abdicou da briga ao ir para os pits, na passagem 15.

      O fim da volta 16 e o começo da 17 foi assim, ó: Massa passou Vettel na chicane e Webber se aproveitou para fazer o mesmo. Hamilton e Alonso foram juntos aos pits. Chegou lá no final da reta, os carros que saíam dos pits trombavam os que estavam na pista. O brasileiro assumia a liderança e segurava os três logo atrás, com muito mais ação. Assim foi por uma volta, afinal Massa teve de parar. A Ferrari trabalhou bem e o pôs de volta à frente de um incrivelmente lento Vettel.

     Barrichello, neste ínterim, abandonava com sua Williams sem Kers para pesar menos. Disse a Williams que foi um vazamento de óleo que mereceu intensa investigação. Disse Rubens que a equipe ficou pedindo por voltas e voltas pelo rádio para que parasse e evitasse uma quebra de motor. Triste calvário conjunto.

     A coisa toda deu uma esfriada na frente depois dos pits, com Webber mantendo certa distância para Hamilton e Alonso. De legal, mesmo, teve Schumacher tentando dar um duplo bote quando ele e seu companheiro alcançaram Vitaly Petrov. Sem êxito, o alemão mais velho partiu para cima de Rosberg. Mas acabou cometendo o mesmo erro de Vettel na volta 22: pneu além da pista e rodada. A Mercedes respirava aliviada enquanto o público se queixava. Ao menos, serviu para que o mítico Kobayashi colasse em Schumacher para resgatar uma disputa que seu às pencas nesta temporada.

      A Red Bull chamou Webber para sua segunda parada na 31. A McLaren o fez com Hamilton na 32. Mais rápida, a equipe prateada devolveu seu piloto à frente. Com mais ação, os dois se encontraram na saída dos pits. Chegou a haver um toque na curva seguinte, mas Lewis se manteve à frente. A perda de tempo de ambos seria fundamental para Alonso, que foi aos boxes na 33. O espanhol chegou a voltar como líder, com Hamilton em ação similar à de Webber na volta anterior. Só que o inglês teve competência e arrojo para superar o antigo companheiro, e por fora assumiu a ponta da prova.

      Aí a corrida voltou a dar uma caída. Button disputou ali um sexto lugar com Rosberg, passou, e na volta seguinte a McLaren lhe tirou o doce: problema eletrônico, e o pobre Jenson levava o carro para os boxes para marcar no campeonato seu segundo abandono seguido. Lá na frente, Hamilton abria mais de 3 segundos para Alonso, que se livrava de Webber. Vettel partia para cima de Massa para tentar um quarto lugar.

      A última rodada de paradas aconteceu na volta 52, a oito do fim, pois. Hamilton foi o primeiro a pôr os pneus duros. A Ferrari preferiu esperar para averiguar se, mesmo com os velhos pneus macios seu piloto seria mais rápido. Não. Então fez seu papel, e Alonso voltou naturalmente atrás. A ida de Webber aos boxes pouco importou.

      De resto a se observar foi só a disputa pelo quarto lugar. Vettel tinha muito mais ação, mas não conseguia a ultrapassagem sobre Massa. Curiosamente, ambos foram para os pits na última volta para pôr, por regulamento, os pneus duros. E aí, para motivar a queixa generalizada à Ferrari, eis que a equipe italiana trabalhou cerca de 1s5 mais lenta que a Red Bull, perdendo uma porca, e permitiu que o alemão ganhasse a posição nos pits.

      Na volta aos boxes, a Ferrari pediu encarecidamente para que Alonso parasse seu carro na pista. O espanhol acabou voltando de carona no carro de Webber, em cena que lembrou os tempos de Nigel Mansell e Ayrton Senna.

      Solitário em grande parte da corrida, Adrian Sutil fez por merecer um glorioso sexto lugar com sua oscilante e boa Force India. Rosberg e Schumacher, tão oscilantes quanto, foram sétimo e oitavo, respectivamente. Kobayashi ficou em nono com a Sauber e Petrov terminou em décimo com a Renault, que passou a prova inteira fazendo aliterações — frases iniciadas com a mesma letra — pelo Twitter. Sinal de como a corrida em Nürburgring não foi lá essa coisa toda.

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