As apostas ilegais movimentam cerca de US$ 90 bilhões por ano em todo o mundo, valor semelhante ao das apostas legalizadas. A estatística foi divulgada nesta quarta-feira por Chris Eaton, chefe de segurança da Fifa, que reforçou a necessidade de se combater as práticas irregulares.
“A criminalidade envolvida com a manipulação de resultados é global, enorme e organizada. O futebol é muito respeitado em todo o mundo para não ser protegido. São criminosos levando vantagem. Eles não são Robin Hoods, nem são boas pessoas. Eles atingem jogadores e destroem as carreiras deles”, afirmou o dirigente.
Na semana passada, a Fifa doou 20 milhões de euros à Interpol para ajudar no combate às apostas ilegais. Em parceria com o órgão, foi criada uma unidade anti-corrupção, com base em Cingapura, especialmente para investigar casos de irregularidade.
A unidade desenvolverá programas para dirigentes, jogadores e administradores, para alertá-los para os riscos de envolvimento com apostas ilegais. Além disso, a Interpol exporá aos atletas, antes e depois de campeonatos, como a participação em fraudes pode arruinar a carreira deles.
“Protegemos jovens jogadores e juízes ensinando-os a resistir às tentações que estas pessoas tentam lhes oferecer”, afirmou Eaton.
A escolha de Cingapura para ser a sede da unidade foi a baixa tolerância do país à corrupção. Para Eaton, a federação local tem um dos modelos de combate a fraudes mais eficientes do mundo. A Ásia figura como um dos principais focos de apostas ilegais do planeta.
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