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Rádio ESPORTESNET

terça-feira, 3 de maio de 2011

Time de Grove passa por crise e Frank pode deixar o time.

     Após dez anos de serviços prestados à Williams, o diretor-técnico Sam Michael confirmou os rumores e deixará a equipe no fim da temporada. A escuderia de Grove anunciou na manhã desta terça-feira (3) que vai reestruturar seu corpo técnico. A medida inclui também a saída de Jon Tomlinson, que atualmente exerce a função de chefe de aerodinâmica. Tanto Tomlinson, quanto Michael, deixam o time no fim da temporada, quando seus respectivos contratos terminam.
     Em contrapartida, a Williams anunciou a contratação de Mike Coughlan como comandante do departamento de engenharia. O britânico, ex-McLaren, participou ativamente do escândalo de espionagem que envolveu também Nigel Stepney, ex-Ferrari, em 2007. Após suspensão de dois anos de qualquer atividade ligada à F1, Coughlan disse que volta à categoria depois de ter vivido uma experiência que “mudou sua vida”.
     Frank Williams, fundador da equipe, agradeceu os esforços dos profissionais que deixarão Grove no fim do ano e entende que a medida dará a chance de o time voltar a andar nas primeiras posições. A última vitória do time britânico aconteceu na distante 2004, quando Juan Pablo Montoya venceu o GP do Brasil.
     “Sam e Jon são pessoas talentosas que trabalharam duro pela Williams durante dez e cinco anos, respectivamente. No entanto, eles reconheceram que o desempenho da equipe não está no nível que deveria ser e se demitiram para dar à equipe a oportunidade de empreender as mudanças necessárias para voltar ao topo do grid”, comentou o veterano dirigente.


Atual diretor-técnico, Sam Michael(de azul) deixa a Williams após dez anos de serviços prestados

     “Ambos vão continuar trabalhando em suas atuais posições até o final do ano para garantir que a equipe mantenha o foco durante a temporada de 2011. Nós somos muito gratos a Sam e Jon pelas suas posturas profissionais”, agradeceu Frank.
     Quanto ao novo comandante da engenharia da Williams, o britânico entende que Mike está arrependido por ter se envolvido no escândalo de espionagem em 2007, que gerou multa recorde de US$ 100 milhões à McLaren na época. Frank ressaltou a experiência de Coughlan, que compreende passagens por Lotus e, como engenheiro de John Barnard, desenvolveu os chassis de Benetton, Ferrari e Arrows, antes de se unir à McLaren em 2002.
    “Coughlan é um bom engenheiro com vasta experiência na F1 e também na engenharia civil e de defesa. Ele deixou a F1 em 2007 por conta da conduta que ele reconheceu que estava errada e ele se arrepende profundamente. Seus dois anos de banimento do esporte terminaram há algum tempo, e Mike está determinado a provar a si mesmo novamente”, acredita o fundador do time de Grove.
    “A Williams está satisfeita por ser capaz de dar a ele a chance de fazer isso, e estamos muito contentes por ter um dos mais talentosos e competentes engenheiros do esporte, que vai nos ajudar a voltar ao topo do grid. Este é o primeiro passo na reconstrução e fortalecimento do nosso grupo técnico. Nós vamos anunciar os próximos passos e como eles vão se desenvolver”, completou Frank Williams.
     Por sua vez, Coughlan agradeceu à chance de voltar à F1 por uma das equipes mais vitoriosas do grid. Revigorado após retornar à categoria quatro anos depois, o engenheiro falou sobre sua experiência no projeto de carros do exército britânico e também na Nascar, onde trabalhou no time de Michael Waltrip.
     “Sou grato a Williams por me dar essa oportunidade. Minha experiência em 2007 foi de mudança de vida. Desde então, tenho me esforçado para colocar minhas habilidades em uma boa utilização no projeto do Ocelot, veículo cujo objetivo é transportar soldados. Também gostei da minha passagem com a Michael Waltrip Racing, eles são uma equipe excelente e desejo-lhes felicidades no futuro.”
     “Agora estou ansioso para voltar ao esporte que amo e por me unir à equipe que eu tenho admiração por muitos anos. Vou me dedicar à equipe e garantir que voltaremos a ser competitivos, respeitando os padrões éticos que sempre foram o sinônimo da Williams”, acrescentou Coughlan.

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