À medida que o tempo para a Copa de 2014 encurta, aumenta a preocupação com relação às obras dos estádios para o Mundial. O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou relatório no qual detalhou os riscos que o evento está sujeito em obras na área de construção e reforma em estádios, infraestrutura portuária e aeroportuária e mobilidade urbana – desde que envolvam recursos fe-
derais.
No quesito estádios, a análise firmada pelo ministro Valmir Campelo, relator do TCU para projetos da Copa, o Estádio Nacional (DF), a Arena Dunas (RN), a Arena Pantanal (MT) e a Arena Amazônia (AM) foram classificadas como intervenções que correm grande risco de não conseguirem cobrir seus custos de manutenção com a rentabilidade gerada.
O órgão identificou ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o agente financiador, não dispunha de pessoal qualificado para análise técnica de engenharia dos projetos, o que poderia acarretar em aprovação de crédito com base em documentos que não estejam de acordo com o real projeto executivo da obra.
Para agravar o quadro, o TCU não observou ações no sentido de minimizar os riscos da construção dos elefantes brancos.
– Queremos um Brasil campeão da transparência e da moralidade – pediu Valmir Campelo.
No fim de 2010, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou que o estádio de Brasília tivesse a capacidade reduzida de 70 para 40 mil. Recém-eleito, o governador Agnelo Queiroz (PT-DF) ventilou a possibilidade, no entanto, com o adiamento constante do projeto do estádio em São Paulo, a Capital Federal passou a crer que ter o jogo de abertura é possível.
Natal só concluiu o processo de licitação da Arena em março. A contratação da linha de crédito do BNDES ainda não foi aprovada. No Amazonas, obras caminham a contento, mas a viabilidade do estádio no pós-Copa preocupa.
A obra em Cuiabá está sete meses atrasada, o custo inicial saltou em R$ 20 milhões e o contrato com o escritório de arquitetura está na mira do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
derais.
No quesito estádios, a análise firmada pelo ministro Valmir Campelo, relator do TCU para projetos da Copa, o Estádio Nacional (DF), a Arena Dunas (RN), a Arena Pantanal (MT) e a Arena Amazônia (AM) foram classificadas como intervenções que correm grande risco de não conseguirem cobrir seus custos de manutenção com a rentabilidade gerada.
O órgão identificou ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o agente financiador, não dispunha de pessoal qualificado para análise técnica de engenharia dos projetos, o que poderia acarretar em aprovação de crédito com base em documentos que não estejam de acordo com o real projeto executivo da obra.
Para agravar o quadro, o TCU não observou ações no sentido de minimizar os riscos da construção dos elefantes brancos.
– Queremos um Brasil campeão da transparência e da moralidade – pediu Valmir Campelo.
No fim de 2010, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou que o estádio de Brasília tivesse a capacidade reduzida de 70 para 40 mil. Recém-eleito, o governador Agnelo Queiroz (PT-DF) ventilou a possibilidade, no entanto, com o adiamento constante do projeto do estádio em São Paulo, a Capital Federal passou a crer que ter o jogo de abertura é possível.
Natal só concluiu o processo de licitação da Arena em março. A contratação da linha de crédito do BNDES ainda não foi aprovada. No Amazonas, obras caminham a contento, mas a viabilidade do estádio no pós-Copa preocupa.
A obra em Cuiabá está sete meses atrasada, o custo inicial saltou em R$ 20 milhões e o contrato com o escritório de arquitetura está na mira do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Pan 2007 é exemplo a não ser seguido
De acordo com o relatório produzido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a organização e gestão dos recursos públicos da Copa do Mundo de 2014 tem um exemplo a não ser seguido: o dos Jogos Pan-Americanos Rio de Janeiro em 2007.
Segundo o documento, a explosão de gastos em 2007 serviu como parâmetro para um possível (e provável) aumento das despesas em relação aos custos inicialmente previstos, especialmente em função de deficiências no planejamento e consequente atraso na execução de obras, o que fatalmente geraria descontrole nas etapas finais de preparação para a Copa do Mundo de 2014.
O temor expresso no relatório do TCU não é para menos. Por conta de acusações no superfaturamento no pagamento antecipado de aluguel na Vila do Pan, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro ajuizou ação contra Jorge Eduardo Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica Federal; André Almeida Cunha Arantes, ex-secretário de Esporte de Alto Rendimento; Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte (e atual governador do Distrito Federal); André Richer, vice-presidente do Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos e do Comitê Olímpico Brasileiro, e a construtora Agenco, responsável pela obra.
Para maior efetividade nas ações referentes ao Mundial, o relatório do TCU destacou a constituição da Rede de Informações para Fiscalização e Controle dos Gastos Públicos na Organização da Copa. A Rede da Copa resultou em um sítio na página do Senado: www.senado.gov.br/fiscaliza2014
De acordo com o relatório produzido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a organização e gestão dos recursos públicos da Copa do Mundo de 2014 tem um exemplo a não ser seguido: o dos Jogos Pan-Americanos Rio de Janeiro em 2007.
Segundo o documento, a explosão de gastos em 2007 serviu como parâmetro para um possível (e provável) aumento das despesas em relação aos custos inicialmente previstos, especialmente em função de deficiências no planejamento e consequente atraso na execução de obras, o que fatalmente geraria descontrole nas etapas finais de preparação para a Copa do Mundo de 2014.
O temor expresso no relatório do TCU não é para menos. Por conta de acusações no superfaturamento no pagamento antecipado de aluguel na Vila do Pan, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro ajuizou ação contra Jorge Eduardo Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica Federal; André Almeida Cunha Arantes, ex-secretário de Esporte de Alto Rendimento; Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte (e atual governador do Distrito Federal); André Richer, vice-presidente do Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos e do Comitê Olímpico Brasileiro, e a construtora Agenco, responsável pela obra.
Para maior efetividade nas ações referentes ao Mundial, o relatório do TCU destacou a constituição da Rede de Informações para Fiscalização e Controle dos Gastos Públicos na Organização da Copa. A Rede da Copa resultou em um sítio na página do Senado: www.senado.gov.br/fiscaliza2014
Confira a situação dos estádios da Copa de 2014:
Manaus - Arena Amazônia |
As obras de instalações de fundações no lado oeste do anel estão em curso. Miguel Capobiango, coordenador da Unidade Gestora do Projeto da Copa (UGP), disse que 40% das fundações estão instaladas. |
Salvador - Arena Fonte Nova |
O Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) realizou auditoria no contrato de Parceria Público Privada entre o governo e o consórcio vencedor. Há indício de que o custo da obra não foi bem dimensionado. |
Recife - Arena Pernambuco |
O Ministério Público Federal e Estadual apontaram distorção no contrato de concessão. Os órgãos creem que o poder público assumiu riscos financeiros que seriam de responsabilidade do consórcio. |
Fortaleza - Castelão |
As obras do estacionamento coberto e do edifício sede da Secretaria de Esporte do Estado (Sesporte) estão em andamento. Máquinas trabalham na demolição da antiga arquibancada do Castelão. |
Natal - Arena Dunas |
Os Ministérios Públicos Federal e Estadual recomendaram ao poder público a correção de falhas no contrato assinado com a Construtora OAS. Sede corre risco de ser descredenciada da Copa de 2014. |
Brasília - Estádio Nacional |
Depois da tentativa frustrada em demolir parte do Mané Garrincha, o Consórcio Brasília 2014 não divulgou a nova data. O governo do DF garante que não haverá aumento no custo da demolição. |
Belo Horizonte - Mineirão |
A previsão inicial de custos era de R$ 426,1 milhões, mas a proposta vencedora foi de R$ 743,4 milhões. Escavações para fundações da nova arquibancada inferior do estádio estão em andamento. |
Rio de Janeiro - Maracanã |
Divulgadas as imagens da nova cobertura do Maracanã. Antiga já começou a ser demolida. Orçamento final entregue ontem ao TCU prevê que a reforma custe R$ 956, 7, bem acima dos R$ 705 milhões previstos. |
São Paulo - Fielzão |
O maior obstáculo para o estádio é o novo orçamento, que passa de R$ 1 bilhão. Parte deste montante ainda não tem uma origem definida. Maior cidade do Brasil, São Paulo está fora da Copa das Confederações. |
Porto Alegre - Beira-Rio |
A construtora Andrade Gutierrez venceu a concorrência para as obras no estádio colorado. O contrato entre as partes deverá ser assinado em junho. Demolição da arquibancada está em curso. |
Curitiba - Arena da Baixada |
Problema de última hora, a cidade viu exigências da Fifa aumentarem os gastos em mais R$ 85 milhões. Como é empreendimento privado, o Atlético-PR não pode captar recursos públicos para tocar a obra. |
Cuiabá - Arena Pantanal |
Além da preocupação com vida útil depois da Copa, a execução das obras está sete meses atrasada. O governador Silval Barbosa pediu que a imprensa não divulgue atrasos - teme mais explicações à Fifa. |
Fonte: Lancepress - 18/05/2011
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