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| Neymar carregando o Santos, até quando? |
O Santos deu na quarta-feira um passo importante para chegar à final da Copa Santander Libertadores. É inegável que para o esquema de Muricy Ramalho dar certo o grupo todo foi bem e teve seu mérito, mas com o novo jeito de jogar, o time virou dependente de Neymar.
O Santos, com Muricy, está invicto há 14 jogos, sendo 11 deles com Neymar em campo. Com ele, o rendimento é de sete vitórias e quatro empates, sendo decisivo oito vezes.
Quando não faz gol, ele constroi a jogada para os gols de seus companheiros. Neymar só passou em branco nos empates sem gols contra Americana, Corinthians e América-MEX. Se ele não desequilibra, o Santos não ganha.
Mas centralizar todos os jogos nele pode ser fatal. As duas últimas classificações na Liberta, contra Once Caldas (COL) e América-MEX, foram conquistadas no sufoco. Quando Neymar não consegue decidir, o Santos passa por apuros.
Nas oitavas-de-final, no México, o meio de campo não conseguiu levar a bola ao ataque, o que fez de Neymar mero figurante contra o América. O rival, por sua vez, não saiu do ataque e obrigou Rafael a no mínimo três grandes defesas. Já nas quartas, cansou de perder chances de gol com Elano, Zé Eduardo e até o próprio Neymar. No fim, os colombianos quase eliminaram o Peixe.
Para evitar um susto na semifinal, o resto do grupo precisa acompanhar o craque. Zé Eduardo não marca um gol há 15 jogos, enquanto Elano não balança a rede como no começo do ano. Maikon Leite está bem, mas deve ser reserva.
No Pacaembu, o Cerro comemorou a derrota por 1 a 0. O placar, magro, tem dado certo, mas que agora seja sem susto.
– Sabíamos que seria um jogo difícil, mas Libertadores é diferente, todos os jogos são difíceis. No Paraguai teremos dificuldade, mas é uma vantagem boa – disse Elano.
Contra o Cerro, em Assunção (PAR), foi a última grande exibição do Santos sem Neymar. Ele foi expulso no jogo anterior, contra o Colo Colo (CHI) e deu lugar a Maikon Leite, que ao lado de Ganso resolveram a vida santista.
Agora, o Peixe tem uma semana para mostrar, no mesmo estádio, que não depende só de Neymar para vencer a Libertadores. Se não conseguir, o projeto pode ser interrompido pela equipe paraguaia, que perdeu no Pacaembu, mas se sentiu vitoriosa
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