Suplementos Alimentares

Rádio ESPORTESNET

sexta-feira, 27 de maio de 2011

‘Otoridade’ clubística

     Antonio Pizzonia foi anunciado de volta como piloto do Corinthians na Superliga, aquela coisa. Um release, uma declaração de piloto contente e confiante e animado e mais um no bando de loucos, essa expressão chata que todos os caras que representam o clube dizem há alguns anos quando são apresentados.
     Aí o Pizzonia postou a imagem do layout do carro no Twitter. Bandeira do Brasil, com o escudo do Corinthians só no aerofólio traseiro. De cara, uma imensa diferença em relação ao status quo da categoria — desde seu início, três temporadas atrás, os carros tinham uma pintura temática dos clubes: o do time paulista era alvinegro, do Flamengo rubro-negro, do Olympiacos alvirrubro e por aí vai.
     É o que a Superliga queria dizer com “Taça do Mundo”, codinome da temporada deste ano — a quarta, uma analogia com o fato de haver Copa a cada quadriênio. Os clubes perderam espaço para os países na pintura dos carros. Ou seja, a categoria gradativamente migra para o estilo da falecida A1GP.É só ver como está pintado o carro de Yelmer Buurman, do PSV. Praticamente não há o vermelho e o branco do clube, mas o laranja predominante utilizado pelas seleções esportivas holandesas.



     Só que o detalhe que causou polêmica no carro do Corinthians é o verde da bandeira brasileira — cor representativa do Palmeiras, rival da equipe do Parque São Jorge. Digo desde já que acho isso uma imensa babaquice. Mas esta babaquice cromológica gerou um comunicado oficial do clube: “O Sport Club Corinthians Paulista esclarece ao seu torcedor que em nenhum momento aprovou o layout do carro divulgado pela Fórmula Superliga como sendo o do Timão. Evidentemente não será autorizada a utilização da cor verde em nosso carro.”
      Repito novamente que é uma babaquice, mas, ok, é algo institucionalizado, ocorreria em todo time do mundo. Só que o campeonato começa no próximo fim de semana, na Holanda. E, se o Corinthians publicou uma nota hoje, é porque seu marketing não sequer tinha conhecimento das mudanças no campeonato. E não vai “autorizar” o uso do verde? Sei não, mas acho que é batalha perdida, isso…     Ainda mais porque, a essa altura, o carro está sendo ou já foi pintado.
     Todos sabem que os clubes só emprestam suas marcas para o campeonato. Não escolhem piloto, equipe, nada. Sendo assim, não me parece que tenham autoridade alguma para escolher as cores do carro. Veremos o que vai acontecer.

Participem, escrevam, envie suas opiniões e sugestões: esportesnetbr@yahoo.com.br